Bandeiras verde-amarelas!Cornetas! Camisas da seleção! Bandeiras! Badeirolas! Ruas Pintadas! Caras Pintadas! mais Bandeiras! Criança vendendo bala no farol na hora do jogo! Corneta! Camisa! Grito de gol! Rojão! Cerveja! O Menino não vende nenhuma bala! Virada de jogo! Churrasco! cerveja! segundo tempo! cornetas! Suspiros! Gritos! Berros! Corneta! Camisa! fim de jogo! O Menino continua no farol à espera de uma moeda em troca de seu produto ou de um olhar de compreensão! Mas acabou o jogo! Acabou a paixão. O Menino continua seu trabalho….
Época de copa do mundo.No mundo inteiro, esse talves seja o evento esportivo mais comentado do ano.
Esse esporte nasceu em 1863 e de lá pra cá, muita coisa mudou, não só tecnicamente, mas culturamente e socialmente, hoje faz parte da rotina dos brasileiros e virou paixõa nacional. Mas de onde vem essa paixão?
Vamos entrar no túnel do tempo,numa viagem até a antiguidade.
Na antiga Roma, os Césares promoviam espetáculos esportivos, como Luta de gladiadore e animais, desfiles etc. tais espetáculos eram acompanhados de alimento e bebida farta. Essa formula ficou conhecida como panes et circenses(pão e circo). E, após estes bacanais o povo era surpreendido com aumento de impostos, mas, não reagia, porque eram convencidos durante as festas que isso era pro bem do Império..e ante que pudessem relcamar, novos jogos olímpicos se aproximavam nos estádios e circos romanos.
Saimos do túnel do tempo.
Durante a ditadura militar somente os esportes quanto as novelas e as músicas “ingênuas”, podiam ser vistos e/ou ouvidos pelo povo. Tudo o que não estivesse de acordo com as rígidas regras da censura, era vetado. Naturalmente, o futebol ganhou um destaque especial, servindo como “cincense” da antiga fórmula romana….
Dando um enfoque psicológico ao futebol no BRasil, podemos destacar que o esporte, seja o futebol, ou as antigas lutas são a projeção de instintos básicos, como a competição. Observemos que em todas as épocas da humanidade as competições sempre foram precedidas de rituais básicos, como música, dança, rituais religiosos. No futebol moderno o ritual ganhou status de formalidade na execução do Hino Nacional dos Países, que é um dos momentos mais emocionantes do espetáculo.
Também é o momento onde a invidividualidade se dissolve, e o interesse coletivo ganha destaque.
Essa paixão do brasileiro pelo futebol, que é motivo de orgulho nacional, poderia camuflar um complexo de inferioridade em relação à outros países, economicamente superiores, mas é dificil provar essa afirmação, pois o futebol aqui está incorporado na identidade do brasileiro, que usa no cotidiano expressões futebolísticas em linguagem coloquial “Jogar pra escanteio” “pisar na bola”, etc.
Termino esse artigo pedindo que torçam pelo Brasil na copa, mas torçam também pelo Brasil FORA DA COPA!
A Copa vai passar, o País fica! Seus problemas ficam… as crianças continuam sem escolas, as ruas sem segurança…
pensem nisso!
~ º ~ Psiconversa ~ º ~ 